Os alunos do jardim I, através de momentos lúdicos e prazerosos, puderam conhecer e apreciar algumas poesias de Elias José.
Com ajuda da mãe, a aluna fez um belo cartaz da poesia “Belascores” para presentear a professora.
Apresentando a poesia “Belascores” na inauguração da biblioteca. Foi um sucesso!
“Belascores” foi uma das poesias que fez muito sucesso na turma. Nesta vivência, observamos borboletas de verdade, acompanhamos a transformação de duas lagartas em borboletas e fizemos o registro dessas mudanças. Em outro momento, pintamos e montamos a borboleta. Os alunos apresentaram com motivação e desenvoltura a poesia em outras turmas exibindo a borboleta que confeccionaram.
As crianças recitavam o poema “A minhoca”, brincando livremente com fantoches.
As crianças brincam e recitam o poema "Rimas malucas" com o apoio de ilustrações.
Elias José é mineiro, nascido em Santa Cruz da Prata. Morando em uma fazenda, desde pequeno ele seus irmãos conviveram com muitos animais e aprenderam a amá-los. Ele nunca os maltratou e não suportava ver pássaros em gaiolas, animais em circos e também não gostava de Zoológicos, pois morria de pena de ver os bichos presos. Além dos bichos, Elias José também cresceu gostando de ouvir histórias contadas por sua avó paterna e pelas cantigas folclóricas que aprendia em casa e na escola. O ouvir histórias despertou nele o desejo de escrever, principalmente para crianças. Elias José trabalhou com poesia, conto e prosa, em uma busca constante por novas formas de narrativa. Sua obra é muito marcada pela questão da subjetividade, pela investigação dos limites entre o real e o maravilhoso. Nesse universo literário bastante particular, o autor deixou uma obra de grande abrangência. Elias José erradicou-se na cidade de Gaxupé aos 13 anos. Viveu lá até seu falecimento no dia 02 de agosto de 2008.
As crianças do jardim I ouviram o poema musicalizado “Os passarinhos” e confeccionaram estes animais de papel. Brincaram bastante com esses bichinhos. Foi ótimo!
Leilão de Jardim Quem me compra um jardim com flores? borboletas de muitas cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos? Quem me compra este caracol? Quem me compra um raiode sol? Um lagarto entre o muro e a hera, uma estátua da Primavera? Quem me compra este formigueiro? E este sapo, que é jardineiro? E a cigarra e a suacanção? E o grilinho dentrodo chão? (Este é meu leilão!)
Quem me compra um jardim com flores? borboletas de muitas cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos? Quem me compra este caracol? Quem me compra um raio de sol? Um lagarto entre o muro e a hera, uma estátua da Primavera? Quem me compra este formigueiro? E este sapo, que é jardineiro? E a cigarra e a sua canção? E o grilinho dentro do chão? (Este é meu leilão!)
Madrugada. Troc... troc pelas portas dos vizinhos vão batendo, troc... troc... vão cantando os tamanquinhos...
Chove. Troc... troc... troc... no silêncio dos caminhos alagados, troc... troc... vão cantando os tamanquinhos...
E até mesmo, troc... troc... os que têm sedas e arminhos, sonham, troc... troc... troc... com seu par de tamanquinhos
O Mosquito Escreve (Cecília Meireles)
O Mosquito pernilongo trança as pernas, faz um M, depois, treme, treme, treme, faz um O bastante oblongo, faz um S.
O mosquito sobe e desce. Com artes que ninguém vê, faz um Q, faz um U e faz um I.
Esse mosquito esquisito cruza as patas, faz um T.
E aí, se arredonda e faz outro O, mais bonito.
Oh! já não é analfabeto, esse inseto, pois sabe escrever o seu nome.
Mas depois vai procurar alguém que possa picar, pois escrever cansa, não é, criança?
E ele está com muita fome.
POESIAS DE ELIAS JOSÉ
RIMAS MALUCAS ( Elias José)
Cada macaco, Com seu caco. Cada galinha, Com sua linha. Cada vaca, Com sua jaca. Cada coelho, Com seu espelho. Cada gato, Com seu rato. Cada pato, Com seu prato. Cada marreco, com seu eco. Cada elefante, Com seu turbante. Cada leão,com seu jubão. Cada peru, Com seu gluglu. Cada tucano, Com o seu cano.
A MINHOCA ( Elias José)
A minhoca sai da toca e se estica e se enrosca. O pescador quer pegar a pobre da minhoca. A galinha quer comer a saborosa minhoca. O moleque quer espremer pra separar terra e minhoca. A minhoca ,que não é tonta , logo se estica e se enrola. A terra enterra a minhoca e ninguém viu a sua toca. Lá de sua toca,toda torna, torce de rir a levada minhoca.